sexta-feira, 11 de maio de 2007

O papa é pop!

Visita do Papa, santo canonizado no Campo de Marte. "A vida do Brasil vai mudar com o santo brasileiro. A força do Brasil é imensa", diz uma das familiares de Frei Galvão.
Me diga, qual a diferença isso na minha vida e dos brasileiros? Um santo a mais ou um santo a menos? Por acaso esse santo irá diminuir a violência? A desigualdade social? Dará condições de vida mais dignas ao povo brasileiro que passa fome?
Se a solução dos problemas do Brasil partissem de santidades, com certeza, já estariam resolvidos, porém minhas ovelhas de Deus, a solução está nas nossas mãos, e de nossos queridos governantes. Portanto, não fiquei ai se iludindo, parem de fazer espetáculo do Papa, o mesmo não está fazendo mais do que sua obrigação, visitar os países católicos dando sua benção e impor acordos com ações para manter seus fiéis.
Não concordo com essa adoração exagerada, e também não acredito em santos, e acredito apelas e exclusivamente em Deus. Não sou contra a religião católica ou qualquer outra religião SÉRIA, apenas a considero o catolicismo ultrapassado, porém não creio que ela deva se modernizar, pois assim perderia sua identidade. Não concordo com muitas idéias pregadas pelo catolicismo, como por exemplo a proibição ao uso da camisinha, proibição ao aborto, ou o pedido feito ao presidente Lula, que voltasse o ensino religioso nas escolas publicas.
Em um país democrático como o Brasil, onde a população possui liberdade para seguir a religião que quiser, sem sofrer preconceito por isso, impor as nossas crianças os ensinamentos católicos seria extremamente inadmissível. Considero que religião é algo que “vem-do-berço”, cada família têm suas crenças, conseqüentemente as crianças desta família seguiram as crenças dos pais, e quando possuírem a maturidade necessária decidirão qual religião seguir. Impor a obrigatoriedade do ensino religioso a essas crianças, seria um desrespeito à família e a liberdade religiosa destas crianças.
Discordo também quanto à proibição e condenação do uso de preservativos. Em um mundo, onde as doenças sexualmente transmissíveis e a AIDS se espalha mais a cada dia, o uso da camisinha é questão saúde. Apoio às campanhas a favor do uso de camisinha, devemos sim conscientizar a população quanto ao seu uso, mas não incentivar a promiscuidade, dizendo: “olha pode transar com quem quiser, mas não esqueça da camisinha” como é realizada essas campanhas principalmente no carnaval.
Em relação ao aborto, creio que devesse ser legalizado em situações específicas, como em casos de violência sexual ou em outras exceções, mas com controle do governo e realizado em lugares estabelecidos, pois há diversos métodos para a prevenção da gravidez e o aborto não deveria ser encarado como mais um dele.
Religião é religião, e não deve se interferir no estado, quem concorda que a siga, quem não concordar que pelo menos a respeite.

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